A lição que fica
Muitas vezes ficamos nos perguntando o que nos leva a submetermos a sacrifícios exaustivos de livre e espontânea vontade. Sempre tive plena consciência que através destas ações passamos a compreender melhor o sofrimento alheio e a valorizar mais o que temos. Além disto, nos faz enxergar que sempre podemos superar nossas capacidades desde que venhamos a nos dedicar plenamente em nossos objetivos.
Para ilustrar o que foi dito, vou contar um acontecimento nesta última viagem: “….Cansados decidimos deitar em um banco de praça em Cubatão, enquanto Marcio sofria acordado com as bolhas no pé, Valdir passava por um leve sono. Foi quando Marcio viu dois rapazes caminhando em sua direção, achou num primeiro momento que se tratavam de ladrões, quando de repente um deles retirou um pacote de bolacha da mochila e entregou-o caridosamente a Marcio, que agradeceu dizendo que não havia necessidade, o rapaz insistiu para que ficássemos com a bolacha….”
Foi um momento de muita emoção, pois me senti na pele de um mendigo, com todas as suas carências e dificuldades, com a angústia de um futuro condenado a viver da caridade de outras pessoas. Portanto cabe a nós indivíduos privilegiados de saúde, estudo e condição financeira ajudar ao próximo, pregar o respeito e dignidade na sociedade, combater a violência, ser exemplo de honestidade e se comprometer a realizar seus próprios sonhos….
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